O ESPIRITISMO
O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo material. Ele nos mostra esse mundo, não mais como sobrenatural mas, pelo contrário, como uma das forças vivas e incessantemente actuantes da natureza, como a fonte de uma infinidade de fenómenos até então incompreendidos, e por essa razão rejeitados para o domino do fantástico e do maravilhoso. É a essas relações que o Cristo se refere em muitas circuntâncias, é por isso que muitas coisas que Ele disse, ficaram ininteligíveis, ou foram falsamente interpretadas.. O Espiritismo é a chave que nos ajuda a tudo explicar com facilidade.
A lei do antigo Testamento, está personificada em Moisés; a do Novo Testamento, em Cristo O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus. Mas não está personificada em ninguém, porque ele é o produto do ensinamento dado, não por um homem, mas pelos Espíritos, que são as vozes do céu, em todas as partes da terra e por inumerável multidão de intermediários. Trata-se, de qualquer maneira, de um ser colectivo, compreendendo o conjunto de seres do mundo espiritual, cada qual trazendo aos homens o tributo e a sorte que neles os espera.
ALIANÇA DA CIÊNCIA COM A RELIGIÃO
A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana. Uma revela as leis do mundo material, e a outra as leis do mundo moral. Mas aquelas e estas leis, tendo o mesmo princípio que é Deus, não podem contradizer-se. Se umas forem a negação das outras, umas estarão necessariamente erradas, e as outras certas, porque Deus não pode querer destruir a sua própria obra. A incompatibilidade que se acredita existir, entre essas duas ordens de ideias, provém de uma falha de observação, e do excesso de exclusivismo, de uma e de outra parte. Disso resulta um conflito, que originou a incredulidade e a desconfiança. São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo devem receber o seu complemento; em que o véu lançado intencionalmente sobre algumas partes dos ensinos deve ser levantado; em que a Ciência deixando de ser exclusivamente materialista deve levar em conta o elemento espiritual; e em que a Religião, deixando de desconhecer as leis orgânicas, e imutáveis da matéria, essas duas forças apoiando-se mutuamente e marchando juntas, sirvam uma de apoio para a outra. Então a Religião não mais desmentida pela Ciência, adquirirá uma potência indestrutível, porque estará de acordo com a razão e não se lhe poderá opor a lógica irresistível dos factos.
A Ciência e Religião não puderam entender-se até agora, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, repeliam-se mutuamente. Era necessária alguma coisa para preencher o espaço que as separava, um traço de união que as ligasse. Esse traço está no conhecimento das leis que regem o mundo espiritual e suas relações com o mundo corporal, leis tão imutáveis como as que regulam o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez constatadas pela experiência essas relações, uma nova luz se fez: A fé se dirigiu à razão, esta nada encontrou de ilógico na fé, e o materialismo foi vencido.
Mas nisto como em tudo, há os que ficam retardados, até que sejam arrastados pelo movimento geral, que os esmagará, se quiserem resistir em vez de se entregarem. É toda uma revolução moral que se realiza neste momento, sob a acção dos Espíritos. Depois de elaborada durante mais de dezoito séculos ela chega ao momento de eclosão. e marcará uma nova era na humanidade. São fáceis de prever as suas consequências: ela deve produzir inevitáveis modificações nas relações sociais, contra o que ninguém poderá opor-se, porque elas estão nos desígnios de Deus e são o resultado da lei do progresso, que é uma lei de Deus.
NÃO VIM DESTRUIR A LEI
As três revelações: Moisés, Cristo, O Espiritismo----- Aliança da Ciência com a Religião--INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: A Nova Era
Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los mas para
dar-lhe cumprimento. Porque em verdade vos digo que o céu e a terra não passarão, até que não se cumpra tudo quanto está na lei, até o ultimo jota e o ultimo ponto. (São Mateus, V: 17-18).
MOISÉS
Há duas partes distintas na lei mosaica: a lei de Deus, promulgada sobre o Monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés. Uma é invariável; a outra é apropriada aos costumes e ao carácter do povo, e se modifica com o tempo.
A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:
I--- Eu sou o senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, da casa da servidão. Não terás deuses estrangeiros diante de mim. Não farás para ti imagens de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do que há em baixo na terra, nem de coisa que haja nas águas debaixo da terra. Não adorarás nem lhe darás culto
II--- Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão
III--- Lembra-te de santificar o dia de sábado.
III--- Lembra-te de santificar o dia de sábado.
IV-- Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há-de dar
V -- Não matarás
VI-- Não cometerás adultério.
VII-- Não furtarás
VII-- Não furtarás
VIII-- Não dirás falso testemunho contra o teu próximo
IX--- Não desejarás a mulher do próximo
X-- Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem outra coisa alguma que lhe pertença.
O CRISTO
Jesus não veio destruir a lei, o que quer dizer; a lei de Deus. Ele veio cumpri-la, ou seja, desenvolve-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens.
Eis porque encontramos nessa lei, o princípio dos deveres para com Deus, e para com o próximo, que constitui a base de sua doutrina. Quanto às leis de Moisés propriamente ditas, ele, pelo contrário, as modificou profundamente, no fundo e na forma. Combateu constantemente o abuso das práticas exteriores, e as falsas interpretações, e não podia fazê-las passar por uma reforma mais radical do que reduzindo-as a estas palavras: « Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a ti mesmo», e ao acrescentar; «Esta é toda a lei e os profetas.»
Por estas palavras: «O céu e a terra não passarão, enquanto não se cumprir até o último jota», Jesus quis dizer,que era necessário que a lei de Deus fosse praticada sobre toda a terra, em toda a sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos, e todas s suas consequências. Pois de que serviria estabelecer essa lei, se ela tivesse de ficar como privilégio de alguns homens, ou mesmo de um só povo? Todos os homens sendo, filhos de Deus, são, sem distinções, objeto da mesma solicitude.
Mas o papel de Jesus, não foi simplesmente, o de um legislador moralista, sem outra autoridade que a sua palavra. Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado o seu advento. Sua autoridade decorria da natureza excepcional de seu Espírito, e da natureza divina da sua missão. Ele veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está na terra, mas no Reino dos Céus; ensina-lhes o caminho que os conduz até lá, os meios de se reconciliarem com Deus, e os advertir sobre a marcha das coisas futuras, para o cumprimento dos destinos humanos. Não obstante, ele não disse tudo, e sobre muitos pontos limitou-se a lançar o germe das verdades que ele mesmo declarou não poderem ser então compreendidas. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos claros, de maneira que, para entender o sentido oculto de certas palavras, era preciso que novas ideias, e novos conhecimentos viessem dar-nos a chave. Essas ideias não podiam surgir antes de um certo grau de amadurecimento do espírito humano. A ciência devia contribuir poderosamente para o aparecimento e desenvolvimento dessas ideias. Era preciso pois dar tempo à ciência para progredir.
Evangelho segundo o Espiritismo, de Allam Kardec.
Algumas informações básicas, sobre a Codificação Espirita.
Todo a estrutura, da Doutrina Espirita se encontra codificada em cinco obras básicas. São elas: (O Livro Dos Espiritos), que trata da parte filisófica, e que é a pedra fundamental de toda a doutrina que foi publicado por Allan Kardec, em 18 de Abril de 1857.
Tendo-se seguido posteriormente, mais quatro livros, que são o desenvolvimento de o «Livro dos Espiritos». São eles;
1.º ) « O Livro dos Médiuns», que trata especialmente da parte experimental da doutrina.
2.º ) «O Evangelho Segundo o Espiritismo», em que são estudadas as leis morais, tratando-se especialmente dos princípios da moral evangélica.
3.º ) « O Céu e o Inferno » em que são estudados os problemas referentes às penas e aos gozos terrenos e futuros, inclusive com a discussão do dogma das penas eternas e a análize de outros dogmas, como o da ressureição da carne, e os do paraíso, inferno e purgatório.
4.º ) « A Génese» trata dos milagres e predições, e estuda ainda a evolução física da terra, entre outros temas diversos.
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